No coração do Antigo Egito, uma figura extraordinária se destaca entre os faraós – a rainha Hatshepsut. Seu reinado foi marcado por conquistas notáveis e uma influência duradoura. Neste artigo, vamos explorar a vida e legado fascinantes desta rainha que desafiou as normas da época.

Quem foi Hatshepsut?

Hatshepsut, a rainha-faraó do Egito, quebrou barreiras ao assumir o trono em uma época dominada por líderes masculinos. Seu nome significa “A Mais Nobre das Damas” e sua ascensão ao poder deixou uma marca indelével na história egípcia.

Intrigas pelo poder 

Para explicar este período é imprescindível explorarmos a complexa relação entre Hatshepsut e seu irmão, Thutmose II, que moldou não apenas suas vidas, mas também o destino da dinastia.

Hatshepsut e Thutmose II compartilhavam um laço familiar intrincado. Como meio-irmãos, seu relacionamento foi moldado pelas complexidades da sucessão ao trono e pelas tradições da realeza egípcia

Hatshepsut era filha do faraó Thutmose I e da rainha Ahmose. Ela se tornou a esposa principal do meio-irmão, Thutmose II, após a morte de seu pai. A prática do casamento entre membros da realeza, muitas vezes meio-irmãos ou irmãos e irmãs, era comum no Antigo Egito como uma forma de manter a linhagem real e fortalecer os laços familiares dentro da família real. No entanto, a relação os dois não resultou em uma união duradoura, já que Thutmose II morreu prematuramente, e Hatshepsut assumiu o trono como rainha-faraó.

A Inesperada Coroação de Hatshepsut

Com a morte de Thutmose II, Hatshepsut se viu em uma posição única. Apesar de não ser a única herdeira, ela ousou assumir o trono como rainha-faraó, desafiando as expectativas e tradições da época. Exploraremos os eventos que levaram a essa decisão extraordinária.

Durante uma fase inicial, Hatshepsut adotou uma abordagem de governo conjunto com o jovem Thutmose III, filho de Thutmose II, afim de garantir a estabilidade durante o período de transição. À medida que Thutmose III amadurecia, a dinâmica do governo conjunto pode ter evoluído. Alguns historiadores acreditam que Hatshepsut, eventualmente, consolidou seu poder, levando a uma governança mais independente.

Porém, a morte precoce de Thutmose II e as circunstâncias misteriosas que a cercaram continuam a intrigar os historiadores.

Teorias sobre o Desaparecimento de Thutmose II

  1. Morte Natural: Uma teoria sugere que Thutmose II morreu de causas naturais, como doença ou complicações de saúde, levando a uma transição inevitável de poder.
  2. Assassinato ou Conspiração: Algumas teorias sugerem que Thutmose II pode ter sido vítima de assassinato ou conspiração. Conflitos internos na corte real podem ter contribuído para eventos obscuros em torno de sua morte.
  3. Doenças ou Complicações Pós-Morte: Outra teoria aponta para a possibilidade de Thutmose II ter morrido devido a alguma doença grave, e as circunstâncias após sua morte podem ter levado ao desaparecimento de registros relacionados.

Apagamento de Thutmose II da História

Há evidências sugerindo que, após a morte de Thutmose II, Hatshepsut pode ter desempenhado um papel na tentativa de apagar a memória de seu antecessor, contribuindo para o desaparecimento de registros ou monumentos relacionados a ele.

Obras da Rainha Faraó

Durante seu reinado, Hatshepsut implementou políticas inovadoras que levaram o Egito a uma era de prosperidade. Seus feitos incluem expedições comerciais, projetos de construção impressionantes e uma abordagem única para a administração do império.

Um dos aspectos mais notáveis deste reinado é a grandiosidade de seus projetos arquitetônicos. O Templo de Deir el-Bahari, por exemplo, é uma obra-prima que ainda inspira admiração nos dias de hoje.

Mais uma vez, mistérios e teorias são traçadas a respeito da história de Hatshepsut, agora em relação à sua morte e ao subsequente desaparecimento de sua memória.

  1. Morte Natural: Uma teoria sugere que Hatshepsut pode ter morrido de causas naturais, como doença ou complicações de saúde relacionadas à sua idade avançada. No entanto, sem evidências concretas, essa é apenas uma especulação.
  2. Assassinato ou Envenenamento: Outra possibilidade é que Hatshepsut tenha sido vítima de assassinato ou envenenamento. Algumas teorias sugerem conflitos políticos ou intrigas dentro da corte como motivos possíveis.
  3. Consequências de Doenças Relacionadas a Tratamentos Médicos: Há especulações de que os tratamentos médicos da época, muitas vezes baseados em ingredientes naturais, poderiam ter efeitos colaterais prejudiciais. Hatshepsut pode ter sofrido complicações devido a tratamentos médicos ou remédios mal administrados.

Mudanças na Dinâmica Política: Com a morte de Hatshepsut, ocorreram mudanças na dinâmica política do Egito. Thutmose III, que inicialmente compartilhou o trono com Hatshepsut, assumiu o controle total, e a transição pode ter sido influenciada por eventos desconhecidos relacionados à morte de Hatshepsut.

Devido à falta de evidências conclusivas, a morte de Hatshepsut permanece envolta em mistério. É importante notar que a história do Antigo Egito frequentemente contém lacunas de informação, e muitos eventos podem nunca ser totalmente esclarecidos.

Mesmo após a morte de Hatshepsut, Thutmose III emergiu como um líder poderoso, moldando o Egito de maneiras significativas.

A história de Hatshepsut e Thutmose II é uma saga de poder, intriga e relações familiares complexas. Ao explorar esses eventos, ganhamos uma visão mais profunda não apenas da história do Antigo Egito, mas também da natureza humana e das dinâmicas familiares que transcendem o tempo.

A rainha Hatshepsut, com sua audácia e visão, continua a ser uma figura cativante na história egípcia.