Conforme prometido vou compartilhar meu roteiro, iniciando por Israel.

Diferença de Fuso Horário Brasil/Israel: 6 horas
Roteiro: Lendas de Israel, Jordânia e Egito.
Agência Agaxtur / Europa Mundo

1º Dia: Chegada em Telaviv
2º Dia: Telaviv, Cesaréa, Haifa, Rosh Hanikra, Nazaré.


Jaffa

Jaffa, chamada Yafo em hebraico, foi incorporada a Tel Aviv formando uma única municipalidade, e, por por essa razão, a cidade israelense tem o nome oficial em hebraico de Tel Aviv-Yafo.

O nome significava, em hebraico, “bela”. Acredita-se que esse nome foi dado à cidade por causa do brilho do sol que refletia nos seus edifícios. Porto natural distante cerca de 55 km de Jerusalém, quando da construção do Templo Hirão trazia do Líbano toras de madeira que eram descarregadas ali e levadas para a construção do templo e do palácio de Salomão. Jafa foi famosa pelo porto antigo e pelo centro histórico, do qual o profeta Jonas, segundo narra a Bíblia, saiu para Társis de barco e foi engolido pelo grande peixe.

A cidade é importante no cristianismo. No Novo Testamento (Atos 9:36–42) registra-se a obra assistencial de Tabita (Dorcas), sua morte e sua suposta ressurreição por intermédio de Pedro. Nessa cidade, ele estando hospedado na casa de um amigo chamado Simão (o curtidor), teria tido a visão de um lençol descido do céu por três vezes, quando ouviu uma voz: “Pedro, mata e come”, ao que respondeu: “Nunca coloquei na minha boca nada imundo ou impuro”. Pedro entendeu posteriormente que essa ordem era na realidade uma lição, em que ele não deveria considerar “impuro ou imundo aquilo que Deus tinha santificado”, ou seja, o cristianismo também deveria ensinar a outros povos além dos israelitas, aos gentios. Em seguida, Pedro recebe a visita de homens enviados por um centurião romano de nome Cornélio, que o esperava em Cesareia (60 km ao norte) para que lhe falasse da nova fé. Obedecendo ao chamado, ele levou consigo uma comitiva e encontraram lá Cornélio e os seus parentes, que queriam saber o que era o cristianismo (vale lembrar que no começo o judaísmo e o cristianismo não eram completamente separados, e o cristianismo era visto por quase todos como uma seita herética judaica, com os seus novos seguidores vindos de entre os judeus).

Esta é a história da cidade de um ponto de vista bíblico. Pode-se dizer igualmente que a importância de Jafa na antiguidade girou em torno do porto que a servia, e Jafa foi um dos portos mais importantes do que hoje é Israel até a inauguração do Porto de Asdode, em 1965, quando foi desativado (atualmente, o Porto de Haifa é o maior do país). Foi também um importante local estratégico, onde as tropas turcas se concentravam. Napoleão chegou a invadir a cidade.


Cesaréa Marítima

Ttambém chamada Cesareia Palestina, é uma antiga cidade e porto marítimo, construída por Herodes, o Grande cerca de 25 a 13 a.C. Situa-se na costa mediterrânica de Israel, a cerca de meio caminho entre Telavive e Haifa, num local anteriormente chamado Pirgo Estratono (Pyrgos Stratonos; “Strato” ou “Torre de Straton”, em latim Turris Stratonis). Cesareia Marítima não deve ser confundida com outras cidades que receberam o mesmo nome em honra de César, como Cesareia de Filipe, também em Israel, ou Cesareia Mázaca na Capadócia anatólia. Tinha uma população estimada em 125 000 habitantes, que viviam em uma área urbana de 370 hectares.

Herodes não descuidou de sua nova cidade: seu palácio em Cesareia foi construído num promontório ao lado do mar, com uma piscina decorativa rodeada de estoas. Um aqueduto supria Cesareia de água potável, e um sistema de drenagem por baixo da cidade levava o esgoto para o mar. A vida civil da nova cidade começou no ano 13 a.C., quando Cesareia foi transformada na capital civil e militar da Judeia, e a residência oficial dos procuradores e governadores romanos. Os restos de todos os principais edifícios construídos por Herodes existiram até o final do século XIX. Os restos do povoado medieval também podem ser vistos, os quais são os muros (um décimo da área da cidade romana), o castelo e o sítio da catedral cruzada.

Embora Cesareia tenha sido habitada por romanos, bizantinos, árabes e cruzados, os sítios arqueológicos da época romana são o maior reflexo do esplendor dessa cidade mediterrânea há milhares de anos.


O que ver em Cesaréa?

Teatro romano: o sítio arqueológico mais bem conservado é o teatro romano de Cesareia, a primeira grande construção de Herodes na Judeia. Está bem em frente ao mar, uma característica muito pouco comum em obras desse calibre. É ainda possível desfrutar deste monumento graças às obras teatrais que acontecem todos os verões em Cesareia.

A pedra de Pilatos: essa rocha milenar com uma inscrição que menciona Pôncio Pilatos é o único vestígio que confirma a existência de um governador que, segundo a Bíblia, ordenou a crucificação de Jesus. A pedra foi encontrada no teatro romano, que hoje exibe uma réplica.

Hipódromo: a segunda construção mais bem conservada de Cesareia é esse anfiteatro romano que foi usado também como hipódromo. Com capacidade para mais de 15 mil assistentes, essa grande construção oval foi cenário das famosas corridas de quadrigas.

Palácio de Herodes: os restos do que um dia foi um majestoso palácio literalmente às margens do mar surpreendem pela opulência e gosto peculiar do seu dono, o rei Herodes.

Aqueduto: a apenas 9 quilômetros do sítio arqueológico de Cesareia está o impressionante aqueduto romano à beira-mar. A imagem pitoresca dessa histórica construção de pedra fundida com o mar atrai diariamente milhares de viajantes.

Muralha da Fortaleza dos Cruzados: Em 1101, o exército franco comandado pelo Rei Balduíno I conquistou Cesaréia. Esta se tornou a sede de um bispado e, além dos francos, nela se estabeleceram também cristãos orientais e muçulmanos. Os genoveses encontraram na cidade um vaso de vidro verde e declararam tratar-se do Santo Graal, o cálice usado por Jesus na Última Ceia. Ele foi levado a Gênova e colocado na Igreja de S. Lourenço.
Cesaréia foi capturada por Saladino em 1187, após um curto cerco. Foi reconquistada em 1191 por Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra, que exilou os habitantes mulçumanos.
Frente à crescente ameaça muçulmana, Luís IX, Rei da França (que foi posteriormente canonizado), restaurou e fortificou Cesaréia em 1251-52. Uma majestosa muralha, de 4 m da espessura e cerca de 1,6 km de comprimento, cercava a cidade, que cobria uma área de mais de 16 hectares. A cidade era protegida ainda por um declive, por torres e um fosso de 10 m de profundidade e 15 m de largura.


Haifa

É uma cidade portuária no norte de Israel, construída em patamares que se estendem do Mediterrâneo à encosta norte de Monte Carmelo. Os locais mais icónicos da cidade são os terraços imaculadamente arranjados dos jardins Bahá’í e, no respetivo centro, o santuário de Báb, com uma cúpula dourada. No sopé dos jardins fica a Colónia Alemã, com lojas, galerias e restaurantes em edifícios do século XIX.


Monte Carmelo

Livro de Reis

“16 Então Obadias dirigiu-se a Acabe, passou-lhe a informação, e Acabe foi ao encontro de Elias.

17 Quan­do viu Elias, disse-lhe: É você mesmo, perturbador de Israel?

18 Não tenho perturbado Israel, Elias respondeu. Mas você e a família do seu pai têm. Vocês abandonaram os mandamentos do Senhor e seguiram os baalins.

19 Agora convoque todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo. E traga os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel.

20 Acabe convocou então todo o Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo.”

Monte Carmelo ou Monte do Carmo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Carmel.


Caverna do profeta Elias

A Gruta de Elias em Haifa traz aos visitantes a santidade de um lugar sagrado judaico e as tradições de coexistência pelas quais Haifa é famosa. A tradição diz que Elias veio orar aqui antes de invocar o fogo dos céus. A gruta, onde os judeus agora vêm para celebrações familiares e orações, também é sagrada para cristãos e muçulmanos. Uma das paredes tem inscrições em grego antigo, uma em hebraico e dois candelabros de sete braços.


Templo Bahai e Jardins Persas

A Casa Universal de Justiça, que representa o órgão supremo da Fé Bahá’í, está sediada em Haifa. O Centro Mundial Bahá’í também é o destino atual de peregrinação bahá’í.

O Centro Mundial Bahá’í tem suas origens históricas na área, que antes era parte da Síria Otomana. Isto remonta aos anos 1850 e 1860, quando o então Xá do Irã, Naceradim Xá Cajar, e o sultão do Império Otomano, Abdulazize, exilaram Bahá’u’lláh do Irã para a fortaleza de Acre para viver no encarceramento.[3]

Muitos dos locais no Centro Mundial Bahá’í, incluindo os patamares e do Santuário do Báb que constituem a encosta norte do Monte Carmelo, são considerados Patrimônios da Humanidade pela UNESCO desde julho de 2008.

A localização do centro administrativo foi resultado do banimento e aprisionamento de Bahá’u’lláh, fundador da Fé Bahá’í, quando foi enviado para a colônia penal de Akká em 1868. Neste local viveu o resto de sua vida, vindo a falecer em 1892. O local onde seriam construídos os prédios do Centro Mundial Bahá’í foi indicado por Bahá’u’lláh a Seu filho ‘Abdu’l-Bahá durante uma visita a Haifa. O estabelecimento do centro administrativo no Monte Carmelo foi também indicado por Bahá’u’lláh em Epístola do Carmelo, no qual é considerado um dos principais documentos da administração Bahá’í.

Em 1947, a Organização das Nações Unidas formou um plano de partilha de uma região litorânea do oriente médio, propondo uma divisão de terras entre judeus e árabes, com a falha dos acordos, o desentendimento acabou resultando na Guerra árabe-israelense, os Bahá’ís então foram aconselhados a não ensinar a fé neste local ou viver na palestina. Este acordo feito entre Shoghi Effendi, designado o Guardião da Fé Bahá’í, e o governo de Israel da época permanece, e atualmente os Bahá’ís que vivem no Estado de Israel são os que trabalham no Centro Mundial Bahá’í, sendo de caráter temporário.

Os Jardins dos Monumentos que localiza-se no Centro Mundial Bahá’í é uma área de jardins que nelas estão os túmulos de alguns dos membros da família sagrada bahá’í:

Os Patamares são os diferentes níveis de jardins, sendo que existem 9 patamares acima do Santuário do Báb, e 9 abaixo.

São nove círculos concêntricos que determinam a geometria principal dos dezoito patamares. São no total dezenove patamares, incluindo o Santuário. Dezenove é um número simbólico representativo dentro da religião Bahá’í.

O que a fé Bahai acredita?

A Fé Bahá’í ensina a unidade da humanidade, a livre e independente busca da verdade, a eliminação de todas as formas de preconceitos e discriminação, a igualdade de direitos e oportunidades para o homem e a mulher, a harmonia essencial entre a religião, a razão e a ciência.

Abbás Effendi ficou conhecido como Abdu’l-Bahá, o servo da glória. A Fé Bahá’í é monoteísta e acredita haver apenas um Deus que é cultuado com diferentes nomes. Esta tradição religiosa surgiu na antiga Pérsia, em 1844.


Rosh Hanikra

Rosh HaNikra (hebraico: רֹאשׁ הַנִּקְרָה) é um kibutz no norte de Israel. Localizada na costa do Mediterrâneo, perto da fronteira com o Líbano. É uma cidade a 45km da cidade de Haifa e está sob a jurisdição do Conselho Regional Mateh Asher. Em 2021 tinha uma população de 1.406.

O kibutz foi estabelecido em 6 de janeiro de 1949 por um grupo de soldados desmobilizados de Palmach que se mudaram do Kibutz Hanita para lá, junto com membros do movimento juvenil sionista e jovens sobreviventes do Holocausto.

Foi construído em um terreno pertencente ao Mandato da Palestina (Reino Unido) na vila de al-Bassa, que foi despovoada na Guerra Árabe-Israelense de 1948.

Rosh Hanikra era um importante ponto de ligação entre Israel, Líbano, Egito e o continente africano, era usado como passagem pelos comerciantes. Durante a guerra também foi utilizado pelos exércitos locais.

Em 1943 durante a Segunda Guerra Mundial foi construído um túnel que funcionou apenas 5 anos, que ligava Haifa até Beirute através de uma linha férrea.

Em 1948 durante a guerra de independência, Israel implodiu e destruiu toda a passagem para se proteger e evitar que as tropas libanesas invadissem o país. E por curiosidade a passagem continua fechada até os dias de hoje.

Em 1949 Rosh Hanikra foi o local onde israelenses e libaneses negociaram e assinaram o Acordo Armistício israelo-árabe, conhecido como Linha Verde que delimitou provisoriamente a separação entre Israel e os países vizinhos. Fonte http://uaitaviajando.com.br/rosh-hanikra-um-tesouro-pouco-explorado-em-israel/

A emoção já começa na entrada onde um mini bondinho leva os turistas até as grutas e depois as formações rochosas caprichosamente formadas naturalmente e em contraste com o azul turquesa da água dão o tom deste maravilhoso e surpreendente lugar.


Nazareth

Nazaré é a maior cidade do distrito Norte de Israel. No Novo Testamento, a cidade é descrita como local de nascimento de Maria, mãe de Jesus e onde o mesmo passou sua infância, e por este motivo é um centro de peregrinação cristã, com muitos santuários celebrando as associações bíblicas.

Em Nazaré estão inúmeras igrejas, que são suas principais atrações turísticas. As mais importantes celebram eventos bíblicos.

· A Basílica da Anunciação é a maior do Oriente Médio. De tradição católica apostólica romana, ela assinala o lugar onde o arcanjo Gabriel teria anunciado o nascimento vindouro de Jesus à Virgem Maria (Lucas 1:26–31).

· A Igreja da Carpintaria de São José ocupa o local onde a tradição diz que funcionava a oficina de José.

· A Igreja Mensa Christi, gerida pela ordem religiosa dos franciscanos, celebra o lugar onde Jesus teria feito sua refeição com os apóstolos após a ressurreição.

· A Basílica de Jesus Adolescente, gerida pela ordem religiosa dos salesianos, ocupa um morro próximo à cidade.

· Fonte da Virgem Maria O Poço de Maria é o local onde ela buscava água e onde, segundo o relato bíblico, o Arcanjo Gabriel teria aparecido para a Virgem Maria. Logo acima está a Igreja Ortodoxa Grega da Anunciação, de onde brota a água que chega até o poço. Essa pequena mais graciosa igreja também merece ser visitada e tem uma gruta de onde se pode ver onde nasce a água.

· Monte do Precipício é o local onde Jesus desapareceu, fugindo dos membros da sua sinagoga. Jesus teria sido levado pelos nazarenos enfurecidos e resgatados pelos anjos de Deus.


Referências bíblicas: De acordo com o Novo Testamento, Nazaré era a terra natal de José e Maria, e o local da Anunciação, quando Maria foi informada pelo anjo Gabriel que teria Jesus como seu filho. Nazaré é também o local onde Jesus passou parte de sua vida, desde quando voltou do Egito em algum ponto de sua infância até os seus 30 anos.

Em João 1:46, Natanael pergunta: “Pode algo de bom sair de Nazaré?” O sentido desta questão tem sido debatido. Alguns analistas sugerem que isto significaria apenas que Nazaré era muito pequena e pouco importante. Mas outros dizem que a questão não se refere ao tamanho de Nazaré e sim à sua “bondade”. Na verdade, Nazaré era vista com hostilidade pelos evangelistas, pois os habitantes da cidade não acreditavam em Jesus (vide Rejeição de Jesus em sua cidade) e «ele não poderia fazer sua obra poderosa lá» (Marcos 6:5). Em todos os evangelhos pode-se ler o famoso dito, “Um profeta só não é respeitado em seu próprio país, entre sua própria gente, e em seu próprio lar” (Mateus 13:57; Marcos 6:4; Lucas 4:24; João 4:44) Em uma passagem, os nazarenos até mesmo tentam matar Jesus jogando-o de um penhasco (Lucas 4:29). Muitos acadêmicos, desde W. Wrede (em 1901)[29] notaram que o assim-chamado “segredo messiânico”, através do qual a verdadeira natureza e missão de Jesus passariam despercebidos por tantos, incluindo seu estreito círculo de discípulos (Marcos 8:27–33; cf. apenas aqueles para quem o Pai revelar Jesus serão salvos, João 6:65, João 17:6–9 etc.). Assim, a questão de Natanael está consistente com a visão negativa de Nazaré nos evangelhos canônicos e com o fato de que até mesmo os irmãos de Jesus não acreditavam nele (João 7:5).